sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Conferência HABITAT


Por : Sukaine H. Hejaije


Na década de 90 a ONU (Organização das Nações Unidas) criou algumas conferências mundiais, sendo uma delas o Habitat, relacionado aos assentamentos humanos.
O Habitat criado desde Junho de 1996 , em Istambul na Turquia, tem o compromisso de estabelecer diretrizes políticas para melhorar as condições de moradias na áreas urbanas e rurais, proporcionando o direito ao ser humano de habitação decente e apropriada.
Essa conferência que tem a missão de discutir algumas alternativas para aumentar a qualidade de vida, reuniu chefes de estados e prefeitos de cidades nas autoridades locais.
Com as parecerias formadas para atingir os objetivos combinado, o maior desafio encontrado na conferência é sobretudo melhorar as condições de saúde e seguro e vida de algumas mulheres, jovens e crianças, que passam por problemas e necessitam de atenção especial para serem tratados.
Os principais objetivos dessa missão são:divulgar práticas que obtiveram sucessos na busca de melhores condições de vida para as populações urbanas; estimular parcerias entre os setores público e privado visando propor soluções para os problemas das cidades; difundir os preceitos e princípios da sustentabilidade e a importância da participação das comunidades na definição de ações e projetos que afetem o seu cotidiano.
Muitas tem sido as conquistas do Habitat, se comparado a época de sua criação, e desde a segunda conferência em Junho na Turquia, pode-se dizer que alguns países emergentes, tiveram uma certa “assistencia” pela parte das Nações Unidas, com visitas de agentes, para consulta das famílias e oferecimento de atendimentos médico básico, e destribuição de “cestas básicas”.
Essas ações são ainda mais fortes sobretudo quando envolve-se imagens de artistas e/ou políticos famosos, o marketing ganha a mídia, e nesses momentos, podemos até dizer que certas populações tenham sim, um pequeno benefíco, porém, essas vantagens não são constantes.
Sempre haverá a disputa pelo poder mundial e talvez em função alguns países ganhem com essa falsa política ainda que pura e simplesmente para se divulgar boas imagens.
Contudo, no meu ponto de vista, infelizmente, esse belo trabalho não tem sido suficiente para a “salvação” das melhores condições de vida, porque ainda que países dirigentes de grandes potênciais mundias se reunem em prol de um objetivo, todavia existem as guerras que continuam...
Consequentemente a conferência do trabalho do Habitat, acaba não sendo exercida nos países atingidos pela destruição de uma população em massa, deixando ainda mais pessoas em estados críticos, sem moradia, sem alimentação e muitas vezes sem até mesmo saneamaneto básico, de aguá e energia.
Acredito que a união das forças sempre fará diferença para o bem...ou para o mal, e a partir desse fundamento a ONU aplica sua política social.
Minha sugestão para a resolução desse problema encontrado, seria simples e objetiva: que se desenvolva uma conferência em pró do cessar fogo entre qualquer guerrilhas, independentes dos países, pois enquanto não houver a tão famosa “paz”, que a ONU tanto busca, poderão haver, milhares de conferências sejam elas quais e como forem que ainda assim nada será alterado em relação a questão humanitária.
É preciso acabar com as guerras, essas sim seria uma grande solução para o fim da miséria, da indiferença e da desigualdade social que vem abalando povos e culturas de todas as raças, crenças e etnias.

Em 21/11/2007.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Possíveis soluções econômicas


Por: Sukaine H. Hejaije

O equilíbrio da economia em geral, é possível porém difícil, ou diria, dificultada por alguns governadores, uma vez que o governo é quem deve regular o mercado porque ele por sí só, não se regula, apenas se movimenta e muitas vezes da pior maneira.
Analisando fora do jogo, percebemos que os países que mais chegam perto do sucesso econômico, são aqueles que concentram suas forças nas qualidades de mão de obra; muitas vezes pequenas empresas, iniciam com um pequeno capital de giro e produtos razoavelmente bons, mas com o investimento na mão de obra, quantidade e qualidade, ela se torna uma grande empresa em um curto prazo de tempo.
A exemplo disso, podemos citar o setor de trabalho na área de telemarketing que vem crescendo espontaneamente, inclusive em países subdesenvolvidos.
Por outro lado, a auto-valorização de um produto (seguido de investimento na mão de obra) pode ocasionar grandes sucessos, caso da China que exporta produtos eletrônicos cada vez mais, ainda que eles não tenham uma vida útil muito longa, o segredo é que esses mesmos produtos são comercializados dentro do próprio país distribuídos na imensa densidade da classe média, dando ainda mais habilidade á economia do país.
O plano ideal para o equilíbrio econômico ao meu ponto de vista, seria analisar primeiro a sociedade geral do país, qual é a classe que predomina como a grande maioria?, Qual seria o tipo de produto, que essa classe mais utiliza (independente de por necessidade, lazer ou capricho) e por fim averiguar a velocidade com que se faz uma nova “demanda”, ou seja, qual seria a quantidade ideal de produção.
Parto para alguns exemplos básicos: Um país em que predomina a maioria de classe social de baixa renda, em que o consumo seja freqüente porém o custo benefício seja muito alto, o ideal seria investimento em alimentação não perecível, com custo acessível e em quantidade média para atender as necessidades periodicamente como o arroz, feijão, açúcar, etc.
Um país com predominância de classe média com consumo equilibrado e custo benefício regular, a aplicação poderia ser em produtos que não sejam permanentes, que se renovem, uma vez que esse tipo de população adere mais ás novidades; produtos eletrônicos e tecnológicos como aparelhos celulares, aparelhos de informática e produtos na área têxtil como roupas por exemplo.
Finalmente um país com grande maioria de classe alta (embora difícil de se encontrar) talvez a economia se desequilibrasse um pouco, porque a freqüência no consumo, é mais demorada, a preferência por produtos nacionais é pequena e a necessidade básica quase que inexiste, a solução seria, atacar no custo benefício dos produtos, jogando os preços lá em cima e selecionando sempre produtos não padronizados para induzir a “necessidade” de reposição. Construtoras de obras e aumento em áreas turísticas e de lazer, poderiam ser a saída.
É óbvio que trata-se apenas de um ponto de vista bem romântico e sonhador, na teoria parecer ser perfeita, na prática talvez não funcione tão bem.
Contudo, dizem que sonhar não paga impostos, e é de sonhos assim que surgiram grandes movimentos na história econômica universal, afinal para que serviria a criação de planos socialistas, comunistas e capitalistas se não houvessem teoricamente partidos todos do mesmo objetivo: A resolução para o equilíbrio econômico da sociedade?
Fica lançado o novo desafio para o século XXII de quem sabe, desenvolver e aplicar um novo movimento, dessa vez, finalmente com um pouco de êxito, esperamos!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Dose para fortalecer os músculos"

Toda vez que leio isso...me fortaleço:






Recomeçar
Não importa onde você parou... Em que momento da vida você cansou... O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... É renovar as esperanças na vida e o mais importante... Acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado...

Chorou muito? Foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes? É por que fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora...

Pois é... Agora é hora de reiniciar... De pensar na luz... De encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Um novo curso... Ou aquele velho desejo de aprender a pintar... Desenhar... Dominar o computador... Ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho? Besteira... Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"... Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza... Nem nós mesmos nos suportamos... Ficamos horríveis... O mal humor vai comendo nosso fígado... Até a boca fica amarga.

Recomeçar... Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Ir alto... Sonhe alto... Queira o melhor do melhor... Queira coisas boas para a vida... Pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos... Se pensamos pequeno... Coisas pequenas teremos... Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor... O melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental... Joga fora tudo que te prende ao passado... Ao mundinho de coisas tristes... Fotos... Peças de roupa, papel de bala... Ingressos de cinema bilhetes de viagens... E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados... Jogue tudo fora... Mas principalmente.... Esvazie seu coração... Fique pronto para a vida... Para um novo amor...
Lembre-se, somos apaixonáveis... Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...

Afinal de contas...

Nós somos o "Amor"...

"Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura".

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Uma garrafa de água cretina - SAI DE RETO TENTAÇÃO!!!










É incrível como no período do jejum ao mesmo tempo que vc fica mais fraco, você se fortalece...
É justamente nesse momento em que está jejuando que o inimigo se aproxima ainda mais de você pois você fica mais vulnerável, mais fragilizado e sensibilizado e a tentação vem de todas as formas, não só no sentido de quebrar o jejum e comer pela fome que se sente, mas em todos os outros sentidos, como se aproximar daquela pessoa que te faz mal, que você sabe que não deve mais pensar nem procurar ela mas que nunca resiste, ou em fazer uma crítica maldosa sobre uma pessoa, ou brigar com alguém ou simplesmente tomar decisões as quais você venha se arrepender...pois é nesse período essas "tentações" ficam ainda piores, mas é exatamente nesses momentos em que aparece o tão famoso "poder atômico" do jejum o qual eu tanto falo, porque por incrível que pareça é aí que eu fico mais forte, talvez seja porque no Ramadán não basta jejuar é necessário orar também e muito.
Então ao mesmo tempo que o inimigo se aproxima ainda mais, os anjos também ficam mais próximos mas a decisão claro, é sempre sua, sabe aquela velha histórinha de um anjinho de um lado do seu ombro e um diabinho do outro???...é exatamente assim.
Ontém a noite deixei uma garrfa de água geladinha do lado da minha cama, caso eu acordasse de madrugada e pudesse beber enquanto o dia não clareava...não acordei, não bebi. Acordei moooooorta de sede a garganta seca, (na noite anterior eu havia comido amendoim e depois escovei o dente com aquelas pastas bem secas sabe?!)...pois é imaginem como não estava (está) a minha boca...olhei praquela garrafa no chão do lado da minha cama, ela pareceia falar comigo: -Ah vem!..pode me beber, olha como eu tô suadinha porque eu tava gelada ontém a noite, imagine como minha temperatura não deve estar no ponto, bem fresquinha pra saciar essa sua sede!....- eu pensei "É verdade...e depois eu posso quebrar o jejum hoje e e repor depois..." - Pois é, aproveita não tem ínguém olhando mesmo - respondeu a cretina adivinhando meus pensamentos...
"Não! Você já começou atrasado o jejum já vai precisar repor quando terminar isso só vai prolongar seu prazo...-respondeu um lado da minha consciência (o anjinho)...
- Ora deixe de besteira, você pode repor quantos dias quiser, com tanto que reponha - retrucou o outro lado da minha consciência (o diabinho).
- Chega! - gritei e olhei para a garrafa que parecia dançar insunuadamente em minha direção...eu balbuceava...precisava ir sair correndo pra trabalhar pra não me atrasar...sair correndo pensei....minha garganta vai secar ainda mais...lembrei daquele maldito ponto de ônibus tão longe que toda vez que chego lá chegava com sede...em dias normais...hoje então...caminhei em direção a garrafa pensando: é eu posso repor...NÃO! Então de que serve o jejum se não justamente para isso??? Para que você seja forte exatamente nesses momentos e resista as tentações!!! - Sai em disparada para a porta sem olhar pra trás...NÃO! ERRADO! Eu tenho que encarar...voltei, olhei e sai...correndo, fui trabalhar.
...Com certeza chegando hoje a noite em casa aquela cretina da garrafa de água estará no mesmo lugar me esperando, não tão mais empolgada do que hoje plea manhã...mas Ahhhhhhhh coitada,...ela que se prepare....rs.


















segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Amor de mãe


Amor de mãe é incrível...sem palavras.

Há tempo que não consigo falar com minha filha, estou tentando achar seu novo número porque o que eu tinha não consigo mais me comunicar...a saudade aperta cada vez mais no meu peito, e o medo dela achar que eu a esqueci...me aterroriza cada noite e me leva a pesadelos horríveis.

Toda essa história me fez lembrar de uma música que sempre me faz pensar na minha filha a Dianinha quando ouço, apesar de o intuíto da música falar de outro tipo de amor, creio que ela se encaixe perfeitamente em tudo que sinto quando penso na minha pequena...



Wanessa Camargo - Tanta Saudade

Dudu Falcão


Eu nunca fui do tipo que se apaixonava assim
Eu não sabia que o amor mandava tanto em mim
Eu não pensava que eu seria o sonho de alguém
Agora em meu coração falta o seu amor
Falta essa paixão
O mundo caiu no instante em que eu me vi sem você
Eu não me toquei
Eu só acreditei que o amor fosse fácil de se esquecer
Eu errei... eu tenho tanta saudade...
Sinto falta de você dizendo que eu te fiz feliz
Eu tô colhendo a tempestade que eu mesma fiz
Será que um dia desses vou te encontrar
Só pra te dizer que foi com você
Que aprendi a amar
O mundo caiu no instante em que eu me vi sem você
Eu não me toquei
Eu só acreditei que o amor fosse fácil de se esquecer
Eu errei... eu tenho tanta saudade...
O mundo caiu no instante em que eu me vi sem você
Eu não me toquei
Eu só acreditei que o amor fosse fácil de se esquecer
Eu errei... eu tenho tanta saudade...
Eu tenho tanta saudade...

Ramadán


Começou o ramadán, eu tô começando meu jeum hoje, um pouco atrasada, mas preparada. E nada melhor do que inicar o jejum depois de ter ido ontém a missa do padre Marcelo Rossi, tremenda, sem explicação, lavei minha alma.

O jejum para mim tem um poder atômico, o pder de me lembrar que sou fruto de Deus e como vinda de Deus não posso me esquecer dos meus próximos, de todas dificuldades que eles passam, das pessoas que não tem o que comer, não tem onde durmir.

O jejum me faz mais humana, esqueço meu egocentrismo, mesquinharias, egoísmos, ...o jejum me remonta a minhas origens humildes, me faz pensar, analisar, refletir, me faz sofrer, me tortura, mas me purifica de toda maldade, me faz maior, me faz poderosa, em faz estar mais próxima de Deus.

É no ramadán que em minhas orações eu me descubro mais, eu me conheço mais...é onde posso ajudar as pessoas a quem amo, as pessoas que me amam, e inclusive as pessoas que não gostam de mim...

Sim o jeum ele pode tudo isso, como?...Basta lembrar que eu jejuo apenas uma vez no ano durante 30 dias, sem comer nem beber nada nem aguá...mas existem pessoas que jejuam o ano todo...sem comer, nem beber apenas sentindo o cheirinho bom de um alimento preparado...mas eu tenho um consolo...saber que ao findar a noite...eu poderei quebrar meu jeum....essas pessoas ...muitas vezes...não.

Presidente tenta botar ordem na casa depois da festa da pizza

Por: Sukaine H. Hejaije

Depois do resultado da votação no Senado Federal pela cassação do senador Renan Calheiros que acabou em pizza, a preocupação maior do presidente Lula é com a estabilidade do recinto entre os parlamentaristas.
Absolvido com 40 votos a favor dos 71 votados, o senador acabou como “inocente” fazendo o presidente desconversar sobre resultado toda vez que abordado em entrevista.
Lula que deve estar seguindo viagem para alguns países nos próximos dias, .... se mantem imparcial quando questionado conservando firmemente suas declarações ressaltando sempre que existem problemas ainda maiores do que o simples fato de uma reunião no senado para o Brasil decidir se continua dentro da cúpula política um “ ser humano que comete erros” ou um político corrupto.
Para o nosso presidente o mais importante são assuntos como a CPMF e a reforma tributária..
Ele ainda concluiu que nada pode fazer contra os resultados das eleições dentro do senado mesmo que determinados resultados não lhe agrade.
Resta-nos saber se o povo brasileiro continuará sendo prejudicado com essa resolução. Porque até o presente momento, o que se percebe é que toda vez que parece que a ordem entrará em vigor dentro do senado e é decidido a mobilização de eleições dos parlamentaristas para tal, o resultado...sempre acaba em pizza.
Enquanto isso, os eleitores continuam rezando para que as injustiças não aumentem cada vez mais, porque até quando o resultado dá em pizza, não sobra nem um pedacinho para a população.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ao infinito e além...(A ordem da fênix)


Eu ficarei em cada música ouvida, em cada aventura vivida, em cada lágrima sofrida
Eu ficarei em cada verso lido, em cada ato distinto, em cada desafio
Eu ficarei em cada amanhecer, em todo anoitecer, em cada reviver
Eu ficarei na sua sombra, no seu sorriso, nas suas dores, no seu abrigo...
Eu ficarei em todas as lembranças, em todos caminhos percorridos, em todos os perfumes
Eu ficarei em todos lindos gestos, em todas as coragens, em todas as forças e todas paisagens...
Eu ficarei, na lua, no céu, no ar...no toque de despertar, no rádio ao tocar
nas ruas, nas praças, nos carros...no olhar de uma criança...numa inocência santa,
na fúria de uma tempestade, no alimeto sem vontade, num descanso..na eternidade
no bom dia, boa tarde e boa noite e nunca sem esquecer também do "oi!"
Pode me deixar, pode me abandonar, pode se enganar....
Mas por mais que tente...nunca irá se livrar...porque eu ficarei na sua "vida" ainda que você não queira, ainda que esmureça, ainda que desista, ainda que não se arrependa...
Porque a ordem da fênix é ficar....e viver eternamente, ainda que dentro da mente, no coração ou em cada palavra dita...
Porque o amor se fez jurar cegamente em cada momento
Porque a paixão se fez cicatriz para todo seu destino
Porque esse sentimento é incondicional e independente do quê...ou de quem,
Por isso perdurará para sempre em cada dia vivido... ao infinito e além!...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Olha só o que o amor faz...


O que a decepção de uma ilusão não faz...em duas semanas 3 Kg mais magra, com depressão e diagnóstico de ritmia cardíaca...olha só o que o amor pode ocasionar...vc que nunca amou cuidado...não caia nessa...pois pode ser o melhor caminho pra sua morte!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Nesse momento...


A dor de amor é a mais cruel, indigna, suja e impiedosa que existe.
Nesse momento com certeza existem pessoas gozando da minha infortunia pela minha má sorte de viver condenada a essa dor...
Nesse momento existem pessoas que desfrutam uma da outra caçoando de minhas lágrimas e despreocupadas com meu destino,
Nesse momento eu choro, eu sofro, eu agonizo...
Nesse momento existe um Pai acima de todos que vela por mim e assiste pacientemente aos que me atiram risos pela minha amargura, minhas noites de insônia, e meu estomâgo dolorido,
Parabéns a eles que obtiveram êxito em seus desejos pisando em mim para alcançá-los...
Um dia esse Pai retribuirá a mim toda essa lastima e converterá em sorrisos...
Mas eu não me vingarei, não caçoarei, apenas direi...
Hoje sou eu quem desfruta de amor com paz de espírito, sim eu...nesse momento!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O início de uma guerra histórica.

Por : Sukaine Hussein Hejaije

O início desta história remonta aos anos 70 d.c. quando os judeus foram expulsos da região israelita por conquistadores romanos e acabaram por se espalhar nos quatro cantos do mundo.
É onde começa a disputa territorial pela antiga Palestina, que segundo eles, pertenceu a seus patriarcas Abraão, Isaac e Jacó há 4000 anos de acordo com o antigo testamento da Bíblia.
Os árabes conquistaram Jerusalém em 637 d.c. transformando-a na terceira cidade sagrada da fé islâmica. Na mesma Jerusalém permaneceram apenas uma pequena comunidade judaica religiosa e ambos os povos viveram pacificamente durante séculos: Judeus e árabes mulçumanos.
Foi a partir do século XIX que tudo começou, quando judeus da Europa e da Rússia fugiram da perseguição semita e decidem restabelecer seu Lar Judaico na Palestina. Apenas uma minoria de integrantes de esquerda concordavam em conviver pacificamente entre os vizinhos árabes unidos no mesmo território palestino, mas a grande maioria de facções religiosas queriam um estado exclusivamente judaico na Palestina que de acordo com eles, lhes pertenciam por direito se tratando da antiga Israel bíblica e portanto a terra que lhes fora prometida.
Começam as hostilidades entre judeus e árabes.
Durante a 1ª Guerra Mundial entre as superpotências: Inglaterra e França x Alemanha. O oriente médio era um dos focos de conquista mais visados entre as duas potências, porque possuía 70% das jazidas de petróleo do mundo.
Com o acordo entre o comissariado inglês no Egito e a Inglaterra, o primeiro lhes daria apoio e independência política em troca de se estabelecer na região do Império turco na Palestina para se beneficiar nas condições comerciais e militares.
Tropas britânicas instalaram-se na Palestina e ao mesmo tempo que “organizavam” as questões políticas e burocráticas do país, os ingleses criaram um documento “Livro Branco” restringindo as entradas de judeus na Palestina mesmo com a promessa da criação de um “Lar Nacional” no território para esses imigrantes.
A comunidade judaica na palestina cresce e ganha forças com a chegada de judeus sobreviventes ao nazismo da Alemanha, Rússia, Polônia e Europa oriental.
Dois anos após a Guerra Mundial, a Inglaterra sofreu uma crise econômica e o governo britânico para evitar custos, retira-se da Palestina e entrega a resolução do problema palestino para a ONU (Organização das Nações Unidas – fundada nos E.U.A. durante a 2ª guerra mundial criada para preservar a paz mundial).
A ONU decide partilhar a Palestina em dois estados: judeus e árabes palestinos, onde os judeus teriam a maior parte das terras e Jerusalém permaneceria entregue a um comitê internacional.
Essa partilha foi aprovada por uma maioria de 33 votos a favor entre os 47 países que participaram.
No dia seguinte á votação começa uma guerra não declarada entre os árabes palestinos que se sentiam injustiçados e não se conformam com a partilha, e judeus que não são favoráveis a aceitação de seus antigos ocupantes como vizinhos.
O movimento Haganah, Sionista e Irgun Tzvai Leunin (todos grupos criados por judeus a fim de brigar pelo seu espaço), de uma certa forma totalizaram uma união dando início a uma grande guerra contra os povos árabes da palestina.
Nesta guerra os judeus que tinham o apoio dos E.U.A conseguem acabar com a existência dos 650 mil árabes que antes habitavam no seu mais novo estado e uma parte deles se refugiaram no Líbano permanecendo apenas uma pequena população árabe.
Em 1950 nasce o grupo Al Fatah (Vitória) formado por estudantes palestinos da Universidade Americana em Beirut no Líbano, liderados por Yasse Araft para lutar contra o movimento sionista.
Em 1970 a organização passou a conter 30 mil guerrilheiros e passou a concentrar suas bases no Líbano, país que passou então a ser alvo principal dos ataques israelitas.
A pequena minoria de árabes que restaram no estado de Israel, atualmente vivem subordinados a condições extremamente precárias de sobrevivência impostos pelos judeus, os mesmos judeus que eles acolheram como refugiados no mesmo território em que agora não mais lhes pertencem e sim transformara-se no mais recém criado estado judeu mais tarde com a conquistas de terras de várias guerras travadas nas fronteiras árabes passa a ser o país de Israel, dando continuidade a uma guerra histórica que perdura até os dias atuais.

Brasil, o país da pizza.


Por : Sukaine H. Hejaije


Dos quase 45 políticos, assessores e funcionários políticos envolvidos em casos de corrupção no Brasil, apenas dois ainda estão presos.
Quase 10 dentre eles foram eleitos, reeleitos ou mantiveram-se em seus cargos. Os restantes, abriram empresas, investiram em um novo negócio ou simplesmente se aposentaram no que faziam e levam a vida da melhor maneira possível com direito a todo luxo e regalias.
Mas a questão da impunidade não está cercada apenas no setor político e econômico do país, muitos outros criminosos, que infligiram a lei e confessaram seus crimes continuam vivendo livremente como um cidadão comum, como é o caso do jornalista Pimenta Neves que assumiu o assassinato de sua ex namorada, depois de ter fugido, foi condenado e hoje vive em regime de hábeas corpus esperando calmamente o seu julgamento definitivo.
No crime do colarinho branco os mais famosos como Fernando Collor (eleito em 2006 senador por Alagoas) Paulo Maluf (eleito em 2006 deputado federal com a maioria dos votos de São Paulo) e Jader Baralho (eleito em 2006 como deputado federal no Pará) os três ainda respondendo pelos processos, não só vivem livres e eleitos para cargos de alto escalão dentro da câmara como também matem o apreço e admiração de seus eleitores.
Para a maioria das pessoas que seguem essa “novela da corrupção” o que é mais intrigante dentro dessa história toda é entender como é possível a população reclamar tanto de tantas corrupções e continuar colocando os autores dos mesmos crimes em que o próprio eleitorado julga, de volta a roda política.
Como prova, os envolvidos eleitos em cargos que exigem grande empenho de lealdade para a população, foram os que mais obtiveram votos nas eleições do ano passado.
A pergunta que circula a cabeça do trabalhador e pagador de impostos é: Será que o Brasil tem memória curta, ou será que o jeito “brasileirinho” vale também dentro do poder judiciário?
De acordo com a revista Veja da edição 15/agosto/07 alguns casos de escândalos envolvendo políticos, empresários e servidores públicos, formaram operações que ocorreram até o final de 2004, como Anaconda, Gafanhoto, Sentinela entre outros.
Cerca de uma maioria dos 30% que foram presos nessas operações apenas de 0 á 3% foram julgados e atualmente, nenhum está preso.
Ainda assim, não há com o que nos preocuparmos com a situação, porque se tudo der errado, ainda poderemos sair vendendo pizzas.


Em 21/08/2007.

Direto do Líbano.


Vou iniciar meu blog..com uma reportagem que realizei no Líbano, aproveitando o passeio que fiz até em Abril/07 para visistar minha filhinha e reve-la depois de 5 anos....Senhoras e Senhores: As cinzas do Cedro.


As cinzas do Cedro


Por Sukaine H. Hejaije.

Líbano. Estou dentro de um táxi precário que consegui com muito
custo, uma vez que a locação de veículos no sul do país é muito rara, já que as pequeninas cidades não passam de aldeias onde o acesso a internet e demais modernizações é mais restrito que nas consideradas “grandes cidades”.
Estava a caminho de Ibel Sahe-e, cidade onde me encontraria com Mohamed, tradutor das Forças Espanholas da ONU (Organizações das Nações Unidas) onde estão fixadas as bases perto da fronteira entre Líbano e Israel, justo diante das montanhas de Chebaa, grandes causadoras do conflito ocorrido entres os países em Julho de 2006.
Mohamed é um libanês “brasileiro” que me ajudaria a me encontrar com o tenente coronel das Forças Espanholas da ONU para a realização de uma entrevista o qual o objetivo era saber a atual situação do país e possíveis riscos de novos conflitos no próximo verão que seria dali há dois meses, segundo boatos que pairavam no país.
Ali Saleem, o motorista do táxi, mais conhecido como Abu Hassan (pai do Hassan) modo como o povoado se chamam lá para se conhecer (uma vez que em vilarejos todo mundo se conhece), nos guiava com sua Mercedez branca antiga e quase caindo aos pedaços pelas ruas torduosas e esburacadas danificadas pelos ataques durante o conflito e me serviu como uma espécie de “guia turístico” dos pontos mais atingidos pela guerra.Tentei convence-lo a um entrevista, já que lá todos se negavam a falar ou se deixarem filmar, o medo é constante e as pessoas procuram se poupar, mas Abu Hassan acabou em concordar por me conceder a pequena entrevista.
- Como você se virou com sua família durante a Guerra? – comecei.
- Bom, eu minha esposas e meus cinco filhos, a princípio fomos obrigados a fugir para uma cidade chamada Inabatieh onde ficamos por 10 dias, de lá eu os enviei para a capital em Beiruth onde ficaram por mais 2 dias e depois de Beiruth finalmente conseguiram seguir para Síria. – relembra ele com uma certa emoção.
- E você? Por que não foi? – instiguei.
- Eu fiquei pra verificar, de dois em dois dias eu voltava para nossa aldeia para espionar saber se os aviões Israelenses ainda estavam atacando, até perceber que foram embora para poder trazer minha família de volta. Eu partia com meu carro, olhava e voltava. – explicou.
- E por que não esperou até o final da guerra?
- Bom as despesas estavam sendo por nossa conta, não poderia mante-los muito tempo por lá,...você sabe,...hotel, comida, enfim...
- Deve ter sido horrível! – comento.
- A gente acaba se acostumando,...- responde ele com um sorriso triste nos lábios.
Durante o caminho, caminhões do exército libanês cruzavam conosco, assim como frequentemente frotas da ONU. Conforme nos aproximávamos da fronteira, todo cuidado era pouco para que nenhum soldado israelita que ficam escondidos, me flagrasse filmando com uma câmera amadora JVC um tanto quanto grande, o que dificultava esconde-la a cada vez que cruzávamos com postos de exércitos em cada divisa de cada cidade.
Enquanto avançávamos para Beint – Ijbel, o taxista me relatava a história da cidade que foi uma das mais destruídas. Lá haviam apenas 5 soldados guerrilheiros do grupo HezbAllah tentando deter os soldados Israelenses, segundo ele, as frotas de Israel atacou por céu e por terra por mais de três vezes invadindo a cidade e apesar do grande estrago que ficou, não conseguiram eliminar a força instalada pelos 5 integrantes do HezbAllah.
As imagens de casas, comércios e cidades destruídas, eram aterrorizadoras, a cada estrutura por terra, aumentavam os calafrios na espinha da costas, o estômago se embrulhava e a garganta secava...
Chegamos no ponto mais próximo da fronteira, a chamada “Faixa de Gaza”, onde de um lado estávamos no Líbano e separados apenas por uma pequena cerca de metal pintada em branco e vermelha onde colocando meu pé por debaixo dela eu já estava em Kariaat Ijmuna, território Israelense...estava no ponto de mais alto perigo da minha “pelegrinação”, pois um descuido meu, fosse eu vista por algum soldado da base de Israel e eu levaria um tiro na certa, sem dó nem piedade.

Apesar do enorme medo e nervosismo, eu tinha de registrar aquele momento, me arrisquei, desci do carro e me aproximei mais, comecei a filmar, foi quando ouvi:
- Vamos! Eles estão chegando! – gritava o motorista do táxi enquanto entrava rapidamente no carro já tentando ligar. O carro não funcionava. Corri em disparada pra dentro do táxi tentando esconder a câmera baixando-a nas minhas pernas, foi o tempo de eu entrar no carro e ele funcionou.
- Pisa fundo! – gritei. Ele obedeceu. Olhei pelo retrovisor e vi um caminhão de soldados israelenses se aproximando de nós com no mínimo uns 5 soldados que portavam as armas apontadas para fora prontos pra atirar a qualquer suspeita.
Era arriscado demais, tínhamos de sair dali.
Chequei as imagens ... “Ufa!”...estava tudo ali, afinal valeu a pena correr o risco.
Entramos em Rhyam, um pequeno vilarejo perto da fronteira.
- Aqui existe uma prisão toda destruída! Essa prisão foi construída pelo exército de Israel, nela eles prendiam libaneses cidadãos inocentes, para torturar e usar na troca por soldados apreendidos pelo HezbAllah – explica o taxista.
- Temos como entrar lá? – pergunto
- Você tem certeza que quer ir?...É meio arriscado – se preocupa ele.
- Te pago a mais pela corrida! – retruco.
- Ok! – e seguimos até a prisão que se localizava no alto de uma colina longe e abandonada.
Antes de chegarmos na prisão de Rhyam, mais uma barreira de divisa de cidades, um soldado libanês para nosso carro, começa a fazer perguntas e checar por tudo, checa o porta-malas, checa atrás nos bancos, me olha, percebe que visto uma camiseta do Brasil e pergunta:
- É estrangeira?
- Brasileira! – tento demonstrar naturalidade, enquanto em vão tentava esconder a câmera entre minhas pernas embaixo de um casaco que deixei posto no meu colo propositalmente para caso eu “precisasse”.
- Deixa-me ver seu passaporte – pede ele desconfiado.Eu entrego
- Sukaine Hejaije?!...tem nome árabe!.. – afirma ele curioso.
- Na verdade tenho parentes aqui, mas vim a passeio mesmo, sabe,..turístico...- afirmo rezando para que ele acredite em mim...Mais uma olhada no passaporte, olha pra mim novamente, torce a boca e me o entrega.
- Ok!...Podem ir!
“Salva pelo gongo, mais uma vez” – penso aliviada.
Entrando na prisão de Rhyam uma placa identificando o lugar com um aviso : “Keep Clean”(mantenha-se limpo) na religião mulçumana é fundamental estar com o corpo limpo para orações assim como para adentrar em ambientes onde houvera pessoas já falecidas. A prisão era grande tinha vários cômodos, celas femininas, masculina, cozinha, banheiros femininos e masculinos, quintal para banho de sol, sala de isolamento, quarto de eletrelização (para torturar prisioneiros), guarita de vigias, enfim, uma prisão perfeita...toda destruída.
Toda estrutura em cada cômodo acompanhava na frente uma foto mostrando como era antes e atrás o resultado do que ficou: pedra sobre pedra,...e as vezes,...nem isso.
A vibração daquele lugar era intensa e chegava a dar arrepios, a cada foto (tiradas por HezbAllah) a imaginação voava longe e eu chegava a ouvir os gritos de torturas que pairavam no ar na imensidão daquele silêncio,...ensurdecedor.
Essa prisão foi invadida pelo grupo HezbAllah para a libertação dos prisioneiros. Quando todos conseguiram fugir com a ajuda do grupo, Israel achou que deveria destruí-la para que a mídia não tivesse acesso a ela e nem o conhecimento de tudo que acontecia ali dentro.
Ibel Sahe-e. Hotel Dana, ponto de encontro com Mohamed, olho no relógio, 16hs15min, estou em cima da hora, certifico-me de estar com todo equipamento em mãos, câmera, filmadora, gravador, cabos e carregadores, ok tudo certo, me despeço do taxista e marco um retorno com ele em duas horas e meia no mesmo lugar.
Dirijo-me à recepção já pedindo um favor ao recepcionista do saguão do hotel para que eu pudesse recarregar minha filmadora que já estava totalmente sem bateria, o rapaz atende gentilmente meu pedido.Sento e aguardo. Em menos de 10 minutos entra num saguão um homem de uns 40 anos usando um boné da Unifil (ONU), lá estava ele, respiro consolada e penso; “então ele veio mesmo”.Ele se aproxima e olhando rapidamente minha camiseta do Brasil pergunta:
- Sukaine?
- Mohamed?! – respondo já me levantando e dando um forte aperto de mão.
- Seja bem vinda! – saúda ele simpaticamente.
- Obrigada! – retribuo a gentileza.
- Gostaria de tomar um chá, um café ou um refrigerante? – oferece ele getilmente
- Gostaria de ir direto ao assunto se não se incomodar, me desculpe é que tenho horário marcado pra voltar. – respondo com um sorriso.
- Sem problemas. – afirma mais sério.
Começo a checar algumas informações preliminares com Mohamad, enquanto ele tenta sem sucesso entrar em contato com o tenente-coronel para uma última confirmação da entrevista, ah! E claro, a autorização para minha entrada na base da ONU. Duas, três tentativas e nada dele conseguir falar com o tenente.
- Só dá caixa postal! – ele parece constrangido.
- Deixa eu tentar?! – pergunto já pegando o celular das mãos dele. Disco o número,...uns segundos de silêncio e...
- Está chamando! – grito quase eufórica enquanto devolvo o celular. Os dois conversam em espanhol e embora eu entenda o idioma, nada do que ele dizia me interessava enquanto eu aguardava ouvir uma só palavra:
- Ok! – diz Mohamed entusiasmado e continua com um largo sorriso – Podemos ir, ele nos aguarda.
Saio empolgada em direção ao carro, ambos entramos fechamos a porta, ele dá partida e...
- Droga! – pragueja Mohamed.
- O que foi??? – pergunto quase em desespero vendo o carro não ligar.
- A bateria do carro...tá descarregada!
- Essa não...- fico desolada e de súbito me surge uma idéia. – Tudo bem, vamos lá, eu empurro o carro.
- Você??? – ele fica perplexo. – Não vai conseguir sozinha.
- Não seja por isso,...vou pedir ajuda. – Grito já correndo para a recepção, chego ofegante explico a situação e os funcionários mais que prontamente me acompanham para ajudar.
Eles começam a empurrar o carro, ...funcionou,...o carro pega, agradeço a gentileza aos rapazes e eu claro,...filmando tudo não queria perder nada. Entro no carro e partimos rumo a base enquanto Mohamad exclama em meio a gargalhadas:
- Não acredito que você filmou isso,...- Ele ri, me fazendo rir também.
Em 10 minutos começamos a entrar num caminho recém asfaltado, tropas da ONU passam por nós constantemente, percebi que estávamos chegando, olho a minha direita e vejo uma placa indicando : Base da Nações Unidas. Finalmente chego ao meu destino, a base da ONU,... “Nada mais pode dar errado agora”- penso esperançosa.Pensei cedo demais. Percebi que havia algum problema, Mohamad parecia discutir com o soldado da portaria, falavam em espanhol e eu consigo entender:
- Como ela não tem autorização pra entrar? Acabei de falar com o tenente,...- esbraveja Mohamad contra o soldado.
- Só um minuto. – o soldado pede e entra para base com meu passaporte em mãos.
- Meu Deus! Que mais falta acontecer??? - Pergunto indignada já quase sem paciência. Esperamos alguns minutos e lá vem o soldado porteiro com meu passaporte de volta.
- Ok. Desculpe, houve um equívoco, ela pode entrar.- “Obrigada meu Deus” penso soltando um grande suspiro.
A base é enorme e de estrutura totalmente nova, parece uma pequena aldeia de tão grande que é, ela foi construída em apenas 7 mêses após a guerra de Julho, nessa base ao lado leste da região do sul do Líbano estão fixadas tropas da Polônia, China, França e Espanha a qual predomina como líder. No lado oeste da região estão fizadas bases da Coréia, Malásia, Ghana e Itália que é a tropa predominante deste lado.
Entramos e aguardamos uns minutos numa sala ao lado, não demora muito e logo aparece um homem todo uniformizado com uniforme do exército e em seu emblema percebo que trata-se de um Brigadeiro, seu nome, Galvez. Ele nos faz sinal para entrarmos.
Entramos numa sala que mais parecia ser uma sala de reuniões, um outro homem de uniforme e óculos entra e se aproxima:
- Senhorita Sukaine? – se dirije até a mim estendendo a mão.
- Sim! – Aperto sua mão.
- Tenente-Coronel Ruiz de la Sierra – Se apresenta ele muito simpático porém com gestos firmes e precisos.
Todos sentamos numa imensa mesa, nos é oferecido água, café,...e começo a entrevista.
Vou direto ao assunto, pergunto sobre o sistema de segurança da ONU para com a população do sul do Líbano, qual a real finalidade de uma base fixada naquele lugar onde antes nada havia, como eram os atendimentos e a assistência aos moradores, e claro sobre a atual situação do país.
O tenente-coronel sempre muito disposto a responder ouviu e respondeu atentamente todas minhas perguntas durante os 30 minutos que se seguiram, resumidamente ele me disse que:
- Desde a guerra de julho do ano passado foi fixado um acordo entre as Nações Unidas e o governo libanês, para estarmos como uma ponte de equilíbrio entre ambos os países Líbano e Israel, estamos aqui para firmar e manter o cessar-fogo em pró de um tratado de paz. As pessoas passam a circular mais tranqüilas pelas ruas, os pais levam seus filhos a escolas sem medo, representamos um símbolo de harmonia de que tudo está tranqüilo por aqui. Estamos aqui para evitar conflitos, somos imparciais e não podemos nem devemos tomar partido de nenhum dos dois países.
- E se um dos países resolve atacar a própria ONU como aconteceu na guerra do verão passado quando Israel atingiu uma base das Nações Unidas matando quatro soldados espanhóis,...como a ONU deve se posicionar nessa situação? E quais foram as medidas tomadas neste caso, onde mesmo depois de 9 avisos enviados pela ONU às tropas israelenses, ocorreu esse incidente? – Pergunto aproveitando o gancho.
- Bom ...- ele ouve e usando as mãos sobre a mesa começa a responder calmamente – Primeiramente, a resolução da ONU está bem explicíta dizendo que não devemos tomar partido de nenhum lado, porém podemos e devemos ter um poder de auto-defesa caso sejamos atacados por qual lado que seja ainda que não esperamos que aconteça pois não é nosso intuito...em relação ao incidente do ano passado,...as investigações ainda estão em aberto entretanto eu não estou a par do processo, até onde sabemos e o que chegou até nós é de que houve um equívoco.
- Certo, mas e em relação a população?...Vocês que estão aqui representando um “termômetro” da situação, como vocês explicam para as pessoas esse “equívoco” uma vez que mesmo o símbolo da paz está sendo atacado?...Como vocês trabalham essas informações na mentalidade dos moradores de maneira a não coloca-los em pânico? – Cutuco com vara curta.
- Claro que a situação torna-se delicada... – ele parece enrijecer-se um pouco, porém todavia mantendo o ar de tranqüilidade continua pacientemente. – Neste caso não temos muito o que fazer, apenas procuramos fazer as pessoas entenderem de que foi um erro que não costuma acontecer e tentamos tranqüiliza-las focando cada vez mais o nosso objetivo aqui na cabeças delas. – finaliza ele fixando-me nos olhos.
- Existem rumores de que novos ataques aconteceram no próximo verão em Julho deste ano, o que a ONU sabe a respeito? – lanço minha questão final.
- Na verdade rumores sempre existirão, a atual situação é de calmaria, paz e tranqüilidade, mas claro não podemos prever o que acontecerá e não recebemos nenhum aviso em relação a isso, independe de mensagens ou avisos, estamos aqui prontos para agir a qualquer momento caso for necessário. – Exclama convicto e com um sorriso nos lábios.
A entrevista termina. Desliga-se a câmera e eu sou presenteada pelo próprio tentente-coronel com uma camiseta e um bonequinho de soldado em miniatura da ONU, peço permissão para visitar a base e ele me concede com o acompanhamento do Brigadeiro Galvez para mostrar-me as divisões. Depois de uma rápida sessão de fotos para o arquivo de visitantes da base seguimos para fora e começo a filmar tudo sob ás explicações do Brigadeiro e de Mohamad que além de tudo me ajuda com a filmagem.
Apesar da imensa infro-estrutura que percebe-se lá, a base ainda está em evolução nela existem 1.100 (mil e cem ) soldados da ONU, porém mais soldados deverão chegar nos próximos meses, para abrigar esses soldados novos alojamentos estão sendo levantados, os alojamentos são separados por países e além deles existem, cantinas, capelas, academia de ginástica, mecânica, cruz vermelha, enfim tudo bem equipado e completo para atender a todas as necessidades das tropas das nações unidas.
Toda a construção é feita por operários libaneses bem como todo o material e equipamentos são comprados no próprio Líbano.
Chegamos ao fim da base e o Brigadeiro nos acompanha até a portaria, nos despedimos.Deixo a base satisfeita.
Chega ao fim minha jornada de aventura, recordo-me rapidamente dos caminhos que percorri, das imagens que vi e das coisas que ouvi e sobretudo das emoções que senti, mas nenhuma delas me marcou mais do que a que senti ao ouvir a frase que Mohamad disse na saída da base:
- É isso aí,...passamos pela guerra e hoje... trabalhamos pela Paz!!!

...

Sukaine's Heart




E lá vamos nós outra vez...a pedidos...estreiamos: Sukaine's Heart 2 - a missão continua!...rs
Depois de muuuuito tempo tempo sem ter entrado mais no meu blog, esqueci o endereço, a senha e devo ter perdido a conta, a pedidos de alguns amigos, eis que reinauguro um outro...
Sukaine's Heart, nada mais é que o coração de Sukaine, aqui você poderá ficar sabendo tudo que se passa não só na sua cabeça mas também em seu coração, novas aventuras, novas conquistas, novos trabalhos e claro...novos desafios. Você que conhece essa figura e até hoje não entende por que ainda atura este ser..entre aqui fuce, deixe seu comentário...espie...e se divirta...de qualquer maneira pode ter ceretez que aqui tudo é muito intenso e Sukaine fica muito agracecida pela sua atenção...from deep of my heart