sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O início de uma guerra histórica.

Por : Sukaine Hussein Hejaije

O início desta história remonta aos anos 70 d.c. quando os judeus foram expulsos da região israelita por conquistadores romanos e acabaram por se espalhar nos quatro cantos do mundo.
É onde começa a disputa territorial pela antiga Palestina, que segundo eles, pertenceu a seus patriarcas Abraão, Isaac e Jacó há 4000 anos de acordo com o antigo testamento da Bíblia.
Os árabes conquistaram Jerusalém em 637 d.c. transformando-a na terceira cidade sagrada da fé islâmica. Na mesma Jerusalém permaneceram apenas uma pequena comunidade judaica religiosa e ambos os povos viveram pacificamente durante séculos: Judeus e árabes mulçumanos.
Foi a partir do século XIX que tudo começou, quando judeus da Europa e da Rússia fugiram da perseguição semita e decidem restabelecer seu Lar Judaico na Palestina. Apenas uma minoria de integrantes de esquerda concordavam em conviver pacificamente entre os vizinhos árabes unidos no mesmo território palestino, mas a grande maioria de facções religiosas queriam um estado exclusivamente judaico na Palestina que de acordo com eles, lhes pertenciam por direito se tratando da antiga Israel bíblica e portanto a terra que lhes fora prometida.
Começam as hostilidades entre judeus e árabes.
Durante a 1ª Guerra Mundial entre as superpotências: Inglaterra e França x Alemanha. O oriente médio era um dos focos de conquista mais visados entre as duas potências, porque possuía 70% das jazidas de petróleo do mundo.
Com o acordo entre o comissariado inglês no Egito e a Inglaterra, o primeiro lhes daria apoio e independência política em troca de se estabelecer na região do Império turco na Palestina para se beneficiar nas condições comerciais e militares.
Tropas britânicas instalaram-se na Palestina e ao mesmo tempo que “organizavam” as questões políticas e burocráticas do país, os ingleses criaram um documento “Livro Branco” restringindo as entradas de judeus na Palestina mesmo com a promessa da criação de um “Lar Nacional” no território para esses imigrantes.
A comunidade judaica na palestina cresce e ganha forças com a chegada de judeus sobreviventes ao nazismo da Alemanha, Rússia, Polônia e Europa oriental.
Dois anos após a Guerra Mundial, a Inglaterra sofreu uma crise econômica e o governo britânico para evitar custos, retira-se da Palestina e entrega a resolução do problema palestino para a ONU (Organização das Nações Unidas – fundada nos E.U.A. durante a 2ª guerra mundial criada para preservar a paz mundial).
A ONU decide partilhar a Palestina em dois estados: judeus e árabes palestinos, onde os judeus teriam a maior parte das terras e Jerusalém permaneceria entregue a um comitê internacional.
Essa partilha foi aprovada por uma maioria de 33 votos a favor entre os 47 países que participaram.
No dia seguinte á votação começa uma guerra não declarada entre os árabes palestinos que se sentiam injustiçados e não se conformam com a partilha, e judeus que não são favoráveis a aceitação de seus antigos ocupantes como vizinhos.
O movimento Haganah, Sionista e Irgun Tzvai Leunin (todos grupos criados por judeus a fim de brigar pelo seu espaço), de uma certa forma totalizaram uma união dando início a uma grande guerra contra os povos árabes da palestina.
Nesta guerra os judeus que tinham o apoio dos E.U.A conseguem acabar com a existência dos 650 mil árabes que antes habitavam no seu mais novo estado e uma parte deles se refugiaram no Líbano permanecendo apenas uma pequena população árabe.
Em 1950 nasce o grupo Al Fatah (Vitória) formado por estudantes palestinos da Universidade Americana em Beirut no Líbano, liderados por Yasse Araft para lutar contra o movimento sionista.
Em 1970 a organização passou a conter 30 mil guerrilheiros e passou a concentrar suas bases no Líbano, país que passou então a ser alvo principal dos ataques israelitas.
A pequena minoria de árabes que restaram no estado de Israel, atualmente vivem subordinados a condições extremamente precárias de sobrevivência impostos pelos judeus, os mesmos judeus que eles acolheram como refugiados no mesmo território em que agora não mais lhes pertencem e sim transformara-se no mais recém criado estado judeu mais tarde com a conquistas de terras de várias guerras travadas nas fronteiras árabes passa a ser o país de Israel, dando continuidade a uma guerra histórica que perdura até os dias atuais.

Um comentário:

Unknown disse...

Obrigado por me passar esse link!
Finalmente li sua reportagem.
Beijos